7 Razões Para Você Ter Uma Fotografia Documental Em Seu Casamento
Compartilhe
Sabe quanto estamos reunidos e os mais velhos começam a contar aquelas velhas histórias de família? Sou o caçula da minha geração e desde criança isso me encantava. Lembro que ficava com os ouvidos atentos sempre quando meus pais, tios e irmãos contavam algo do passado.
Apesar dessa cultura gostosa, somos reféns da lembrança daqueles poucos da família, detentores de memória invejável e do talento da oratória.
O casamento é um dos momentos mais importantes na vida de uma pessoa. Vocês passaram meses planejando uma cerimônia de casamento que sempre sonharam. Tudo foi escolhido com muito carinho para que fosse refletida a personalidade do casal.
Como a fotografia é importante! Imaginem quantas lembranças, quantos momentos marcantes e valiosos temos em um casamento que precisam ser registrados e dessa forma passados para as gerações futuras.
Por experiência própria, um dos momentos mais especiais de uma cerimônia de casamento, é o cumprimento dos pais.
Mas, para que a fotografia cumpra com sucesso essa incrível missão, ela precisa mostrar mais do que belas imagens com poses e sorrisos.
7 razões para ter uma fotografia que conta histórias do seu casamento:
1 – Toda história tem um começo
Ao longo do dia os noivos vivem momentos cheios de emoção, ansiedade e diversão.
O famoso making of dos noivos, é a hora de registrar esses acontecimentos que antecedem a cerimônia, sempre de forma muito natural e verdadeira.
Hugo passou o dia em casa, com os pais, familiares e amigos. Um cafézinho depois do almoço sempre cai bem.
2 – Um momento marcante precisa ser registrado no momento certo
Já ouviram falar em “momento decisivo”? Esse é o termo usado quando temos a fotografia no momento mais impactante de uma determinada ação.
Isso nos proporciona imagens com muito mais força e significado. Diferente do que muitos pensam, captar esses momentos não é pura sorte e sim muita antecipação, paciência e sensibilidade.
Capturar a expressão do noivo no “timing” certo fez toda a diferença para tornar um momento visto em todos casamentos, em algo único desse casal.
A pureza das crianças é algo mágico. Percebi esses três pequeninos, pertinho da porta da igreja, ao meio de tanta gente que se espremia e aguardava, já impaciente, a chegada do padre que havia atrasado devido a um problema com a documentação dos noivos. Os três interagiam entre si, tentando também de alguma forma, se livrar do tédio da espera que parecia interminável. Me aproximei calmamente e logo de início minha presença não os incomodaram e continuaram fazendo o que lhes interessavam. Na verdade, nada interessava a maiorzinha, que não via a hora que tudo aquilo passasse. Já os menorzinhos, que por sinal são irmãos, permaneciam a fazer o que sabem de melhor, ser criança. Fiquei entre eles cerca de três minutos. Fotografei algumas cenas não tão impactantes, pois nada se encaixava para uma grande fotografia que retratasse aquele momento de forma fiel. A paciência e a insistência é algo extremamente recompensador ao fotógrafo que quer contar histórias. Depois de alguns clicks, como se fosse um pintor, que faz vários rascunhos antes de chegar a sua obra final, consegui uma imagem que mostrasse, de forma muito verdadeira, o que se passava naquele pequeno universo infantil.
3 – A narrativa é fundamental
Basicamente uma narrativa tem três elementos principais: tempo, espaço e personagens.
Falar de tempo é falar de cronologia, de passagem dos acontecimentos e transições.
Como narradores de uma história, precisamos levar em conta algumas informações relevantes para o entendimento de todos. Dessa forma deixamos de ter um simples registro com imagens soltas e passamos a ter fotografias documentais com mais contexto e significado.
A noiva e as madrinhas com rolinhos no cabelo passa a ideia que o casamento ainda está longe, muita preparação ainda está por vir depois do almoço
Temos informação do lugar, do clima e que as pessoas ainda estavam chegando enquanto o cortejo começava a ser preparado
A noção de espaço também é importante para situar o expectador dentro da história.
Além de mostrar a transição do fim da cerimônia para a entrada dos noivos, podemos ver o ambiente que essa festa aconteceu.
O elemento mais relevante de nossa narrativa são os personagens. E temos diversas maneiras de mostrar quem e como eles são e o que fizeram dentro da história. De acordo com o que interpretamos, baseado em nossa própria personalidade, experiências e valores, podemos mostrar traços de romance, humor ou drama a cada uma das pessoas.
Para que isso seja possível, considero que o mais importante seja estar sempre perto. Tanto emocionalmente, sentindo e me envolvendo com as pessoas, como fisicamente, obtendo imagens mais calorosas e impactantes.
A Mari é extrovertida, expressiva e cômica, ao mesmo tempo meiga e de um coração enorme. O Kauan também não dispensa uma boa bagunça, mas o seu carinho e cuidado com os pais, que percebi durante o casamento, deixa a certeza do quão bem ele tratará a Mari.
Mesmo no fim da festa, suados e sujos depois de tanta bagunça, percebemos a meiguice da Mari ao curtir esse tal carinho do Kauan.
4 – As pessoas sendo elas mesmas
Uma vez um grande fotógrafo me disse que eu deveria ser “mais um deles”. A partir daquele dia eu tento sempre ser “mais um” daquela família. Nos casamentos eu sou mais um padrinho, mais um primo, mais um tiozão.
Isso faz com que as pessoas não se preocupem em fazer poses nem se incomodam que estão sendo fotografadas.
Sabe o lance de estar perto, dos momentos decisivos e ser invisível? Juntando isso tudo é possível conseguir fotografias que mostram as pessoas sendo elas mesmas.
Maria Júlia é uma super irmã, sempre presente e emotiva, fez questão de cumprimentar a Kennia e o Adriano logo após casarem. Durante o casamento inteiro era uma mistura de choro e risos, sempre com esse biquinho característico.
5 – Não só dos noivos que um casamento é feito
Sabe aquelas pessoas que não estão no centro dos acontecimentos mas tem um papel importante em nossas vidas? Os personagens coadjuvantes também são importantes e merecem atenção de nós fotógrafos. São aquelas pequenas histórias paralelas que irão acrescentar muito valor ao registro como um todo.
Uma parte da família se diverte enquanto a sogra passa o vestido da noiva com a ajuda da avó
Enquanto a pista de dança anima a galera, não tão longe dali alguns já descansam, outros se distraem com um celular e outros curtem os netos, dando um alívio para os pais se divertirem um pouco
6 – O tradicional pode se tornar único
Depois de tudo isso sobre fotografias espontâneas, não posso deixar de mencioar que as fotografias tradicionais continuam tendo seu valor e seu devido lugar dentro do casamento.
As fotos protocolares com a família e padrinhos, as fotos da decoração, fotos de detalhes, como o vestido da noiva e seus acessórios. Tudo isso não pode deixar de ser registrado.
Mesmo nessas horas, se estivermos atentos ao que acontece antes e depois dos registros tradicionais, podemos capturar imagens espontâneas marcadas com a personalidade do casal.
Brunella se arrumou em sua própria casa e em determinado momento reuniu todas as madrinhas para fazer um brinde. Temos a foto tradicional com todas sorrindo e olhando para a câmera. Logo em seguida, sua mãe chegou e se juntou ao brinde. Ao perceber que estava sem taça, resolveu fazer o brinde direto na garrafa. Todas acharam graça do gesto, proporcionando uma fotografia espontânea de humor e diversão.
Os retratos dos noivos não podem deixar de serem feitos. Todos merecem ter um registro de como estavam lindos e prontos em seu grande dia. Melhor ainda do que uma foto posada, é mostrar um lado de sua essência ou sentimento naquele momento.
Lorenza homenageou seu falecido pai com sua imagem em seu terço. Seu olhar distante, quase em lágrimas e sua boca contraída, revela o quanto emocionada e saudosa ela estava nessa hora.
7 – Toda história tem um desfecho
Festa de casamento sempre é intensa, as pessoas celebram como se não houvesse amanhã. Depois de tanta dança, brincadeira, comemoração, comida e bebida, chega uma hora que infelizmente precisamos ir embora. É impressionante como ainda temos momentos incríveis esperando serem registrados. Desde o humor ao saudosismo, já tive o imenso prazer de presenciar muitos fins de festa especiais.
Mais uma vez levamos em conta a importância de uma narrativa bem construída e esse encerramento é essencial para que o espectador tenha uma visão completa da história do casamento.
Lembram da Mari e do Kauan? A festa foi tão boa que muita gente festejava mesmo já fora do cerimonial. Um "montinho" na noiva não é coisa que vemos todos os dias.
A Graziela, mãe do Rafael, se arrumou na casa da nora, a Livia. Percebi o quanto ela é extrovertida, contando histórias de bebedeiras e outras coisas divertidas. Lá pelas tantas ela comentou que não iria chorar, não via motivo, pois estava muito feliz. O Rafa, como ela mesma o chama, é o caçula de outras duas filhas e notavelmente era o xodó da mãe. No final, a Grazi teve que ser consolada pelo marido, pois não se conteve e se derramou em lágrimas pela emoção do filho recém casado.
ps: no meio da cerimônia ela já havia chorado pela primeira vez
:)
Se você ainda não tem um fotógrafo para o seu casamento, entre em contato para saber mais do que posso oferecer para registrar este momento especial!